Diferentemente dos jovens e adultos, a educação infantil está ligada às experiências, vivências e não necessariamente ao conteúdo, explica profissional da educação Após o período de suspensão das aulas devido à pandemia da Covid-19, as escolas estão autorizadas a funcionar desde outubro de 2020. Entretanto, algumas instituições retornaram no modo híbrido ou somente online. Um...
Gestora capixaba destaca a adaptação das crianças na volta às aulas
Diferentemente dos jovens e adultos, a educação infantil está ligada às experiências, vivências e não necessariamente ao conteúdo, explica profissional da educação
Após o período de suspensão das aulas devido à pandemia da Covid-19, as escolas estão autorizadas a funcionar desde outubro de 2020. Entretanto, algumas instituições retornaram no modo híbrido ou somente online. Um estudo publicado em agosto de 2020 pelo Instituto DataSenado aponta que, na opinião de 63% dos pais e responsáveis ouvidos, a qualidade do aprendizado entre os alunos que tiveram aulas remotas diminuiu. Outro fator que se tornou um empecilho no cotidiano dos estudantes é que, de acordo com o IBGE, apesar dos avanços, 20% dos lares brasileiros ainda não possuem conexão com a rede mundial de computadores. Todos esses desafios geraram impactos no ramo educacional.
Em Vitória, a escola de educação infantil Upuerê retornou às aulas presenciais desde outubro de 2020 e faz um balanço positivo. A diretora pedagógica da instituição, Aparecida Epichin, destaca que o aprendizado nos primeiros anos de vida se dá com base nas vivências e experiências, aspecto que deve ser valorizado. “Quando se fala em educação à distância para adolescentes e adultos, existem diversas possibilidades para contribuir com o processo cognitivo, pois o conteúdo os mantêm atentos. No entanto, a aprendizagem de crianças na fase 0 a 5 anos é totalmente diferente, baseia-se em experiências, vivências e descobertas sobre o mundo. Além do conhecimento, a criança precisa alimentar o lado lúdico, precisa de repertório”, comenta a profissional de educação.
Crianças surpreendem com o respeito aos protocolos
Neste ano, algumas instituições iniciaram o período letivo de acordo com os protocolos de segurança e saúde. “O fato de estarmos em uma área com mais de três mil metros quadrados e com muitos espaços abertos nos proporcionou praticar à risca o distanciamento físico. As crianças nos surpreenderam positivamente, elas entendem a importância de usar a máscara e manter o hábito de lavar as mãos. Assim, podemos ter aulas diariamente, sem rodízio e dentro dos protocolos estabelecidos. Da mesma forma que retornamos em outubro, começamos o ano letivo de 2021, com os mesmos resultados positivos”, completa a educadora.
Em março de 2020, a escola acatou imediatamente as recomendações do governo e dos órgãos sanitários de suspender as aulas. Durante o período, trabalhou para criar protocolos de segurança para o local. “Preocupados com a saúde das crianças, reunimos uma equipe com pediatra, infectologistas e enfermeira, além dos profissionais que conhecem a rotina escolar. Aproveitamos a ampla estrutura e áreas livres, que favorecem o distanciamento social e ficamos no aguardo da autorização do retorno”, afirma Aparecida.