Psicóloga alerta para importância do apoio familiar durante o desenvolvimento emocional das crianças.
Desenvolvimento InfantilDestaque HomeA importância das brincadeiras para inteligência emocional das crianças

Alegria, empatia, estranhamento, medo, excitação. Essas são algumas das várias emoções que os indivíduos sentem ao longo da vida. O desenvolvimento emocional infantil consiste na capacitação da criança em lidar com os sentimentos, com as frustrações e temperamentos. Entretanto, essa capacitação ocorre em tempos e formas diferentes para cada criança, pois depende de vários fatores externos, como os ambientes nos quais a criança convive, principalmente o familiar. Uma pesquisa australiana, realizada com quase 5 mil crianças entre 4 e 5 anos, pela pediatra Melissa Wake, mostrou que a incidência de sobrepeso nos pré-adolescentes tem ligação direta com a ausência dos pais. Especialistas afirmam que, diante desse contexto, a família pode, sim, exercer influência direta na saúde física e mental das crianças.
Para Talita Espíndula, psicóloga da Upuerê Educação Infantil, o convívio e interação com outras crianças é indispensável para um desenvolvimento emocional saudável, assim como a estimulação do raciocínio, por meio das brincadeiras. “A interação entre crianças da mesma faixa etária é essencial para o desenvolvimento cognitivo e emocional, já que, por meio das brincadeiras, as estimulamos a usar o raciocínio sobre diversas questões, entre elas as emoções. Além disso, quando convivem entre si, as crianças aprendem conceitos como colaboração, trabalho em equipe e convívio social”, afirma.
Quais atividades educativas são recomendadas?
O ambiente escolar, como principal espaço de socialização depois da família, deve proporcionar experiências saudáveis e enriquecedoras na interação entre as crianças. É preciso entender que as emoções fazem parte do dia a dia. Atividades que envolvem músicas, leitura, brincadeiras e demais atividades pedagógicas preparam a criança para a vida.
Jogos colaborativos
Os jogos colaborativos também são uma ótima alternativa, uma vez que, as dinâmicas em grupo não estimulam a competição entre as crianças e ensinam sobre solidariedade e trabalho em equipe. Além disso, brincadeiras e atividades desse tipo ajudam a integrar crianças mais inibidas e o fato de não haver um vencedor estimula que todos participem. Incentivam habilidades como liderança e empatia. Algumas sugestões indicadas são:
- Telefone sem fio: nessa atividade, a primeira criança deverá dizer uma frase (a frase original) para o colega ao lado, e ele vai repassar o que ouviu para a próxima criança e assim por diante. O objetivo dessa brincadeira é perceber como a frase foi alterada até chegar no último participante, além de trabalhar a concentração, memória e criatividade;
- Nó humano: a dinâmica da brincadeira consiste em as crianças darem as mãos umas às outras, entrelaçando os dedos e não podendo dar a mão para o colega ao lado e nem dar as duas mãos para a mesma criança. Desse modo, o jogo faz com que as crianças cooperem entre si e coordenam de forma espontânea o espaço físico;
- Contação de histórias coletivas: nessa atividade, o professor começa a contar uma história e as crianças, uma de cada vez, completam os acontecimentos. Dessa forma, a construção da narrativa é feita de forma coletiva, exercendo a criatividade, a imaginação e a habilidade improvisar.